sábado, 9 de maio de 2009

A arte de dentro da calha - Exercício 1#

Como toda obra de desenho ou pintura, meu trabalho acontece na peculiaridade da própria imagem e no espaço entre o expectador e o quadro.

Porém, com a inserção das calhas, que separam as imagens ao longo da composição, capturo o olhar em seu movimento inconsciente,no salto entre uma imagem e outra, onde se encontra a não imagem. Permitindo que o expectador colabore, preenchendo esse espaço, ao relacionar as imagens em arte sequencial por meio da capacidade conclusiva.

Por isso, minha arte é tudo aquilo que acontece na calha que existe entre o expectador e a obra.

Alterno entre a estrutura clássica e a desestrutura contemporânea da narrativa, fazendo uso da linguagem das artes sequenciais para transmitir minha poética. O tempo esta presente nas composições através das formas e complexidade dos quadros. No sentido de leitura. No espaço entre eles. De quadro a quadro, o tempo se divide em momentos, ações, sujeitos, temas, aspectos ou até mesmo a completa falta de seqüência.

O aquarela me serve bem como material por tornar ainda mais subjetiva a interação. Em certos momentos controlo o fluxo, outros deixo reagir. Quando procuro maior abstração da figuratividade no meu desenho, crio algumas passagens, onde se tem a imagem por sí só, um não-sentido na sequência pictórica. Porém recentemente, em busca de contraste, tenho utilizado lápis de cor, também aquarelado.

Artistas como Bill Sienkiewicz, Alex Maleeve, David Mack, Dave Mckean, Ashley Wood me servem de grande inspiração para esses metodos. Quando Norman Rockwell, Andew Wyeth,J.M.W Tunner, Kandisky, Da Vinci e Michelangelo são referências para diversos estudos durante o processo.